O rei do Barein em xeque

O nome do país vem da língua árabe para "dois mares". A referência exata a estes "dois mares" continua a ser assunto de debate. Alguns identificam os "dois mares" como as águas da baía nos dois lados da ilha. Outros acreditam que o nome se refere à posição do país como uma ilha do golfo pérsico, separada por "dois mares", a Arábia ao sul e o Irão ao norte. Ainda há os que sugerem que o primeiro mar está em volta do Bahrein e o segundo "mar" metaforicamente representa a abundância natural de águas termais sob a própria ilha.

O Bahrein é uma monarquia constitucional com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca.É interessante observar que no país a maioria da população (70%) é xiita, mas a família reinante Al Khalifa (do rei acima) é sunita; todavia o Bahrein era considerado um país relativamente estável e com poucos conflitos religiosos entre as duas facções muçulmanas. As mudanças vem ocorrendo, talvez, em função da chamada "Primavera árabe", cujos países como o Egito e Líbia, estão em processo de democratização por derrubarem longas ditaduras. Surgiram algumas manifestações e choques com o governo, mas ainda assim o Barein parece longe de um desfecho igual ao de seus "irmãos" vizinhos.

Mahmoud Ahmadinejad nasceu na vila de Aradan, perto da cidade de Garmsar, no norte do país.Na vida acadêmica formou-se Engenheiro civil, e ainda chegou a lecionar em universidades. No período que antecedeu a Revolução Iraniana, era um dos jovens militantes da oposição ao xá, partidários do aitolá Khomeini. Durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), serviu no corpo de engenharia militar.Também atuou no campo da espinagem.

Sua consolidação na político surgiu ao governar três cidades, Makd, Khoy e Teerã(2003-2005), na capital do país; cidade pela qual o deixou famoso pela boa administração, além de pavimentar o caminho à presidência. Também chegou a ser conselheiro-geral de uma província do Curdistão, e governador da provicincia Ardabil(1993).Após as eleiçôes de 2005 finalmento realizou o sonho de ser presidente.Entretanto, assumiu uma política de independência, aliada a preceitos islâmicos, anti-semita e antiamericana. É considerado um político da linha-dura, pelo perfil ultraconservador. No plano internacional tem causado mal-estar e desconfiança no mundo, em função da produção nuclear, segundo ele para fins pacíficos.No plano social os iranianos sofrem de pouca liberdade e a imprensa, não só nacional bem como internacional é bastante perseguida.Até mesmo na reeleição de 2009, sua vitória no primeiro turno, contrariando as pesquisas deixaram um ar de fraude eleitoral, porém se quer foram apuradas as denúncias. Contudo, ele voltou ele só voltou a ser notícia com o decorrer da crise no mundo árabe, mas ao que parece o Irã está longe de mudanças mais concretas.

O Polêmico Tom do Jobim

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, aos 65 anos já dispõe de uma biografia singular para um homem público:no plano profissional ocupou cargos de destaque nos três poderes da república.No Legislativo, foi líder do PMDB na Constituinte (1987/88), embora deputado de primeiro mandato; no Judiciário, foi presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); no Executivo, foi ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e da Defesa nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Contudo, sofre de uma tremenda incontinência verbal, sempre envolveu-se em declarações polêmicas.A demissão de Jobim do Ministério da Defesa ocorreu após uma entrevista dada à Revista Piauí, na qual ele teria afirmado que a Ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti seria "muito fraquinha" e a Ministra-Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann "sequer conhece Brasília". Em suma, se fossem parentes (será?), certamente o músico Tom Jobim,ícone da Bossa Nova brasileira, se estivesse vivo estaria horrorizado com seu ilustre "primo", pois, embora gênio na carreira profissional, na orquestra política Nelson desafina nas cordas. Ele Deixou o cargo a 4 de agosto de 2011.

Muamar Kadáfi, o louco dos mil e um nomes

Nome de difícil pronunciação o comandante líbio Muamar Kadafi representa um dos estadistas com mais variações na ortografia de seu nome.De acordo com a imprensa mundial só o primeiro nome é falado com mais de cem maneiras diferentes. Mas isto é o que menos importa, Kadafi hoje representa a imagem de um típico ditador: corrupto, ególotra e desvairado pelo próprio poder que adquiriu.

Senhor absoluto de seu país (por enquanto) desde 1969 Kadáfi assumiu o poder após um golpe de Estado por ele mesmo liderado.A Líbia era governada pelo impopular rei Ídris I, acusado de corrupção. Desde então governou o país com braços de ferro de forma anti-semita e anti-americana,expulsando-os da nação. Instalou uma política com preceitos islâmicos, logo proibiu o consumo do alcool e os jogos de azar, bem como a vigência de danceterias e ambientes relacionados. No plano econômico, recuperou a economia líbia com a exportação do petróleo, sobretudo para a Europa. Mas foi acusado de patrocinar inúmeros grupos terroristas e desrespeitou acordos que nunca cumpriu. Atualmente, com a crise no mundo árabe e a deposição do ex-colega ditador Mubarack,do Egito, finalmente ele pode estar com os dias contados. Vamos acompanhar!

O Último Faraó

Muhammad Hosni Said Mubarak, nasceu em Monufia, 4 de maio de 1928. É um militar egípcio, governou seu país com poderes de um Faraó desde 14 de outubro de 1981 a 11 de fevereiro de 2011, quando apresentou sua renúncia ao cargo com 82 anos, após 18 dias de protestos no Egito.Seu governo foi marcado por progressos nas relações com os países árabes e pelo arrefecimento das relações com Israel, especialmente após a invasão israelense do Líbano, em 1982.No tocante a política internacional sempre posicionou-se aliado aos Estados Unidos.

Em contrapartida, foi acusado de acumular uma fortuna pessoal de torno de U$ 50 a U$ 70 milhões de dólares em investimentos expalhados pelo mundo, desde que tomou posse como Estadista.Por consequência, a população jovem do país se revoltou e, em inúmeras cidades manifestou repulsa ixigindo sua renúncia imediata.O que de fato aconteceu após quase 30 anos de ditadura.