sábado, 25 de fevereiro de 2012

Lenine, o Leão do Norte

Nascido do auge da guerra fria, em 2 de fevereiro de 1959, Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, ou Lenine, como é mais conhecido teve tudo para ser um católico marxista. Contraditório? Não, o seu pai era comunista, e sua mãe uma católica praticante.
Enquanto a Revolução Cubana entrava em vigor, um mês antes de seu nascimento, bem como a queda de braço entre a Rússia Soviética versus Estados Unidos Lenine seguia sua vida normal entre frequentar as missas, estudar e ouvir muita música.
Nos anos 1970 migrou para o Rio de Janeiro, onde no primeiro momento dividiu apartamento com amigos no bairro da Urca. O início do sucesso partiu do apoio de Elba Ramalho, ao gravar suas canções, depois vieram Fernanda Abreu, Maria Rita e muitos outros.
Embora seja enquadrado no gênero MPB e rock alternativo, ele apresenta influências de grandes nomes da música brasileira, como Gonzagão, Zeca Baleiro e mesmo de poetas consagrados como Vinícios de Morais.
No currículo, Lenina já coleciona dez albuns,(Baque Solto, 1983 foi o primeiro) uma coletânia, nove vídeos, mais de 20 trilhas sonoras e dois Prêmios Grammy, um pelo “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".
Não raro, suas músicas são sempre inseridas em novelas como As voltas que o mundo dá, em Ana Raio e Zé trovão(Rede Manchete,1990); Hoje eu quero sair,em Dona Flor e seus dois maridos (1998) e Chamas da Vidas (Record, 2008);Paciência, em Vila Madalena (1999); e Candeeiro Encantado, de Cordel Encantado (2011), a mais recente.
Recentemente, Lenine foi um dos grandes homenageados do carnaval pernambucano de 2012, e mantem a sua tradição de sempre participar da mais expressiva festa do nosso estado. Atualmente divide o seu tempo em shows tanto pelo Brasil como ao redor do mundo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Claudionor Germano: O Dom Quixote do Frevo


Com quase 80 anos, a serem completados em agosto próximo Claudionor Germano, podemos assim dizer, representa um dos últimos defensores do tradicional frevo pernambucano.


Grande intérprete, seu trabalho quase nunca está dissociado dos seus mestres Capiba e Nelson Ferreira,como ele, imortalizados entre os Gigantes do Carnaval.
Ele inciou sua carreira em 1947 pelo grupo musical Ases do ritmo na Rádio Clube de Pernambuco. Com seu sucesso logo atraiu a contratação das rádios Jornal do Commercio e Tamandaré.É também irmão do artista Abelardo da Hora, e do médico Bionor da Hora, e pai de Nonô Germano, seu natural sucessor.

Durante a carreira lançou 5 LP's e 4CD´s, sendo o último em 2002 sob o título Mestre Capiba. Já chegou a viajar para o exterior e levou o frevo tanto em Miame, Nova Iorque. São seus maiores sucessos: Nem que chova canivete (Capiba);Maria Bethania (Capiba);É de amargar (Capiba);Saudades do Recife (Arlete Santos);A dor de uma saudade (Edgar Ferreira); A mesma rosa amarela (Capiba e Carlos Pena Filho); e Colombina (Miguel Brito e Armando Sá). Atualmente Germano, como um bom Quixote continua em plena atividade,tocando nos carnavais, e cujo frevo não larga jamais.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sivério Pessoa: De Pernambuco para o Mundo

Sessão: Gigantes do Carnaval


Simploriamente classificado como um artista regional, como manda a indústria cultural, Silvério Pessoa já vem há muito tempo por quebrar este conceito visto sua performance e interesse despertados pelo meio musical não só nacional como internacional. Recentemente ele firmou parceria com as bandas francesas Occitans, aos quais, como ele, dividem o mesmo interesse em inovar sem negar as origens, as tradições.De sorriso fácil e personalidade cativante Silvério é daqueles que dispensa elogios, basta acompanhar seu currículo: três discos e um DVD lançados.

São eles: Bate o Mancá - O Povo dos Canaviais (2001); Projeto Micróbio do Frevo (2003);Cabeça Elétrica, Coração Acústico (2005) e, NO GRAU, o album mais recente. Diretamente da Zona da Mata, Carpina, seu nome já é conhecido (e reconhecido) em importantes países da Europa, como França, Suiça, Bélgica, Dinamarca e Portugal;na América: Estados Unidos,Canadá,e até mesmo na Asia, como no Japão. Em sua linhagem musical Silvério não nega a influência de grandes nomes como Jackson do pandeiro e o cantador de coco Jacinto Silva.

Ele também é um grande colecionador de manchetes e premiações, já no primeiro trabalho recebeu publicações elogiosas das revistas francesas Le Monde e Vibracions.Não bastasse, no segundo album também conquistou espaço no jornal Folha de S.Paulo, Revista VEJA e, (pasmem!)Rolling Stones Argentina, como o renovador do frevo. Os Prêmios Sharp de Música(1999) e o TIM de melhor cantor, ambos na categoria regional constam seus principais títulos. Bom, enquanto o Grammy não chega, ai na foto estamos nós,minha esposa Valéria, eu  e Sivério,  por ocasião de um agradável encontro no Clube Internacional, sábado 11/02/2012. Parabéns Silvério! sucesso!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Jota Soares: o guardião de Pernambuco


Última postagem do especial Pioneiros do Cinema Pernambucano: 89 anos de História, o Blog de caricaturas brinda a vocês internautas a história desse grande pioneiro ai da foto: Jota Soares, o faz tudo dos primórdios de nosso cinema. Embora tenha sido o 4º nome a entrar na linha dos pioneiros Jota pode ser considerado o mais importante, no ponto de vista da preservação de nossa memória cinematográfica.

Graças a ele e, posteriormente, o papel desempenhado pelo jornalista e cineasta Fernando Spencer a nossa memória foi parcialmente recuperada para as atuais gerações. Futurista, Jota tinha consciência da heróica função executada, não só por ele bem como seus companheiros de jornada. Ele era tão obsecado pela história do Ciclo que chegou a registrar, em cartório, o depoimento de cada pioneiro no tocante aos idos do movimento daquela época, a fim de não deixar dúvidas com relação a história. Jota participou da maioria dos filmes do Ciclo do Recife, em funções variadas, mas foi com A Filha do Advogado (1926), o ponto alto de sua carreira, em virtude do filme ter sido rodade no Rio de Janeiro, então capital da República. Seus filmes podem ser vistos na cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco, no bairro de Apipucos.